terça-feira

Vender Portugal




por João Aníbal Henriques

Intervencionado por entidades estrangeiras pela terceira vez desde 1974, Portugal atravessa hoje uma das maiores e mais graves crises da sua já longa História. Praticamente 900 anos depois da sua fundação, Portugal é um País sem ânimo, sem perspectivas e sem soberania…

O clima geral de desânimo que se abateu sobre Portugal, marcado pela inexistência de soluções que permitam aos Portugueses perspectivar uma melhoria significativa das suas condições de vida nos anos mais próximos, parece ser o oposto daquele que é propagandeado pelo Governo e pelos partidos políticos de Portugal.

Os primeiros, fingindo um optimismo do qual dependem para poderem sobreviver, vão anunciando medidas pontuais e cosméticas que vão servindo para gerar conversa e discussão, centrando o debate político naquilo que lhes interesse. Os segundos, mais ou menos comprometidos com as suas responsabilidades políticas ao longo das últimas décadas, digladiam-se em torno dos fait-divers de que se vão lembrando, ao sabor da popularidade que anseiam granjear e das minudências que lhes garantem espaço nos medeia.

Uns e outros, como se estivessem combinados, optam por não discutir o futuro de Portugal, colocando os seus interesses imediatistas (temos eleições autárquicas este ano e possivelmente eleições legislativas se o governo não se aguentar)  à frente dos interesses de Portugal e dos Portugueses.

Os empréstimos que todos juntos assinaram para pagar as dívidas contraídas depois de quase 4 décadas de desgoverno com que nos brindaram, tiveram como duas consequências dramáticas que afectam o nosso quotidiano e que põem em causa a própria sobrevivência de Portugal: a primeira é a perda total e completa da Soberania Nacional, impedindo o País de gerir os seus recursos, de recriar a sua legislação ou sequer de decidir o rumo que quer tomar para resolver os problemas com os quais se debate. A segunda, resultante da primeira, é a impossibilidade (porque não interessa aos nossos credores) de pagar o que devemos – porque eles fizeram o País viver acima das suas possibilidades –facto que eterniza a dependência completa em que nos encontramos e impede Portugal de aspirar a uma solução condigna que garanta futuro aos Portugueses.

Sem esperança, vão-se atacando tudo e todos os que ainda tê algo de seu, pois mais do que se justiça ou de respeito, o regime em vivemos pugna somente por cumprir os compromissos que assumiu. De forma submissa perdemos os salários, a empregabilidade, as poupanças, o património e o nosso tecido empresarial. De forma submissa condenamo-nos cada vez mais a um futuro de dependência crónica que nos põe à mercê dos interesses e das necessidades estrangeiras.

Por fim, como se já não bastasse o ataque terrível a nossa soberania política e económica, o Governo (com o aval e anuência da oposição) optou por concretizar a perda da nossa soberania estratégica, ou seja, por penhorar de imediato todas as áreas de actividades das quais depende a própria sobrevivência do País e dos Portugueses.

Das águas à electricidade, às estradas, à aviação, à agricultura ou à pescas, tudo está à venda em Portugal. Passo a passo, vendidas a quem mais der independentemente disso nos colocar à mercê de interesses terceiros, vamos precisar da autorização dos Chineses, dos Brasileiros ou dos Alemães para beber um copo de água ou para acender a luz…

Porque o intuito deles – só pode ser este o seu intuito! – é matar Portugal.


Mas nós não vamos deixar...

quinta-feira

Matar Portugal




Diz-se que contra factos não existem argumentos… mas isso não é verdade no Portugal em que hoje vivemos. Contrariando os factos, são muitos aqueles eu esgrimem argumentos falaciosos que, enganando os Portugueses, vão prolongando a agonia deste regime político e permitindo a gestão dos muitos interesses mesquinhos e particulares que deles dependem.

Os factos são infelizmente muito graves. À conta dos sucessivos abusos perpetrados pelos partidos políticos que governaram Portugal ao longo dos últimos 39 anos, misturados com uma dose inexplicável de laxismo, desinteresse, incúria e, sobretudo, desonestidade, os sucessivos governos foram incapazes de colocar os interesses de Portugal e dos Portugueses à frente dos seus interesses particulares e das necessidades eleitorais que reiteradamente foram constrangendo as suas decisões.

Evitando medidas que sabiam que colocariam em causa a sua popularidade, e por extensão a possibilidade de o seu partido ser eleito futuramente, os partidos políticos optaram pelo facilitismo da popularidade, governando Portugal ao sabor das campanhas eleitorais e do foguetório que infelizmente já todos conhecemos.

Por outro lado, fechando-se sobre si próprios, os partidos recriaram as suas elites em torno da subserviência dos seus militantes. Afastando os elementos críticos e todos aqueles que questionavam as orientações das suas presidências, foram nivelando por baixo e pela mediocridade, a qualidade dos seus quadros. As juventudes partidárias, espécie de cadinho que forma estas gentes, são o melhor espelho desta triste situação, enchendo o funcionalismo público, os quadros do Estado e Portugal inteiro com as nomeações, com as promoções e os tachos que ganham baixando a cabeça e seguindo alegremente o rebanho em que se integram.

Por fim, agravando ainda mais a situação, junta-se a este quadro as figuras sinistras daqueles que aceitam as regras do jogo para o desvirtuarem a seu favor, colocando-se a jeito para sacaram do Estado e daqueles que dele precisam, a riqueza de que depois alarvicamente se vangloriam a vida inteira…

Os factos são estes e a realidade é dura. Portugal está refém desta gente e dos muitos interesses que eles representam. Nesta altura, sem soberania, pois eles a entregaram como penhor e garantia dos muitos empréstimos que contraíram em nosso nome para proveito seu e dos seus, Portugal corre o sério risco de soçobrar para sempre.

Tal como dizia recentemente o ex-líder centrista Freitas do Amaral, atravessamos hoje uma crise tão grave como aquela que afectou Portugal em 1383-85 ou quando em 1580 perdemos a nossa autonomia para Espanha.

Mas nessa altura, ao contrário do que acontece hoje, existiam Portugueses disponíveis para dar a vida por Portugal.

segunda-feira

Espigão Hard! Uma Aventura Nocturna SerCascais...



Um trajecto muito duro, decalcado dos antigos caminhos romanos que cruzavam Cascais, foi a marca principal de mais um passeio pedestre nocturno organizado pelo Movimento SerCascais. Da Praia do Guincho até ao Espigão das Ruivas, atravessando as estórias de uma História Mítica que deu forma ao Cascais que hoje conhecemos, as dezenas de corajosos caminhantes que ousaram dedicar a noite e Sábado à exploração deste recanto extraordinário  tiveram a oportunidade de explorar um dos locais com mais potencial turístico de todo o Concelho. O Espigão das Ruivas, numa noite repleta de estrelas, assume um encanto especial que não deixa imune nenhum daqueles que o conhece.  O sopro do vento, sussurrando ao ouvido de cada explorador, parece dizer-lhe que “Vale a pena SerCascais”!...