sábado

Via Sacra Pascal na Paróquia de Nossa Senhora da Assunção em Cascais





Foram várias centenas os fiéis de Cascais que na noite de Sexta-feira Santa acompanharam a Via Sacra Organizada pela Paróquia de Cascais, pelos Escuteiros e pelos diversos Movimentos da Igreja.

Num exercício de grande profundidade simbólica e em moldes que há já muitos anos não se viam em Cascais, os paroquianos aderiram de uma forma extraordinária ao apelo do Padre Nuno Coelho, Prior de Cascais, dando mote a um momento de grande e fecunda partilha de Fé através das ruas da Vila.

Preparando desta forma o Domingo de Páscoa, e adivinhando desde logo a plenitude da Ressurreição de Jesus Cristo, Cascais deu uma vez mais provas da importância que a Igreja e os diversos movimentos paroquiais que dela dependem têm no fomento de uma vida onde os valores humanistas e Cristãos assumem um papel preponderante no dia-a-dia da comunidade.






sexta-feira

Luís Athouguia Representa Portugal em Albacete





O pintor Luís Athouguia, membro da Direcção da ALA – Academia de Letras e Artes, vai representar Portugal na conceituada exposição “A Que Chamamos Paz”, que se realizará no Museu de Albacete em Espanha.

Esta importante mostra, organizada pelo Grupo Internacional de Artistas Colectivo Cillero, pretende inter-relacionar diversas disciplinas artísticas representadas por criadores de nacionalidades distintas à volta do conceito da arte e no âmbito da Paz. Representa plasticamente um conceito pelo qual se concretiza uma realidade comum, próxima de todos e cada um dos artistas, com a convicção de que as suas acções criadoras proporcionam uma reflexão sobre o tema que se manifesta nas suas obras.

O Colectivo Cillero, conta com 12 anos de actividade artística. É formado actualmente por artistas de Espanha, Holanda, Itália, Alemanha, Portugal, Croácia e França. Os seus membros, além de cidadãos residentes na Europa, identificam-se plenamente com o que este continente representou e representa no terreno da cultura e da arte para todo o mundo. Realizaram recentemente exposições em Madrid, Toledo e Hellin, Espanha, em Baignes, França, na Covilhã e Sintra, em Portugal, em Bad Neustadt, Alemanha, e manifestam-se agora em Albacete e terminarão o ano com uma exposição na prestigiada Fundação FRAX em Alicante.

Assumindo-se como uma comunidade de valores, o Colectivo Cillero apela à prática da tolerância, da participação e da solidariedade. Frente aos argumentos do poder e das armas para impor a paz, consideram que a responsabilidade do comportamento de cada cidadão como indivíduo livre e soberano capacitado para desenvolver o seu próprio critério, dentro do respeito pela sociedade, e entendem que o verdadeiro projecto de construção da paz não pode sustentar-se sem a assumpção pessoal de valores, o que não é socialmente possível sem uma cultura e uma educação cimentada na solidariedade para construir relações de utilidade e justiça entre os cidadãos.

Ao representar Portugal neste certame, Luís Athouguia transporta consigo os valores primordiais da Portugalidade, reforçando o papel que o nosso País pode e deve representar na recriação de uma Europa baseada naqueles que são os princípios essenciais de respeito pela diferença e de apelo à liberdade.



quinta-feira

Câmara Municipal de Cascais Suspendeu Plano de Pormenor do Hotel Miramar no Monte Estoril





Numa iniciativa inédita na vida política Cascalense dos últimos anos, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, anunciou a suspensão do Plano de Pormenor para o Hotel Miramar, no Monte Estoril, de forma a ouvir os moradores do local e a integrar as suas opiniões no projecto de recuperação a realizar naquele espaço.

Com esta decisão a Câmara Municipal de Cascais contribui para a preservação da Identidade Municipal, valorizando a participação cívica e fomentando a verdadeira representatividade democrática.

Em termos práticos, os Monte Estorilenses pretendem a reconstrução do centenário hotel que ardeu durante o Verão de 1975, mantendo as principais linhas orientadoras da sua identidade e preservando uma volumetria e dimensão que seja adequada ao espaço em questão e à vocação turística de qualidade que todos desejam para o Concelho de Cascais.

A suspensão deste Plano de Pormenor da autoria de Gonçalo Byrne, também autor dos muitos constatados edifício Estoril-Sol e Plano de Pormenor da Cava do Viriato, em Viseu, vem garantir a requalificação do núcleo histórico do Monte Estoril e, a médio prazo, valorizará também o investimento que o promotor efectuou naquele imóvel através do up-grade urbanístico que se verificará no local.

Em declarações à Antena 1 e em resposta à conferência promovida pela Associação de Moradores do Monte Estoril (AMME), o edil Carlos Carreiras refere que está convencido que será possível encontrar uma solução que garanta a recuperação urbanística da envolvência em sintonia com a vontade expressa pelos moradores.

Bem esteve a Associação da Moradores do Monte Estoril, pela forma sentida e fundamentada como lidou com o problema, mas também o novo Presidente da Câmara Municipal de Cascais que, com esta sua decisão histórica, vem criar espaço para que se desenvolvam projectos que salvaguardem as memórias de Cascais e a qualidade de vida das futuras gerações de Cascalenses.

quarta-feira

Associação de Moradores Quer Salvar o Monte Estoril e o Antigo Hotel Miramar





O Movimento S.O.S. Monte Estoril, pela voz dos responsáveis pela Associação de Moradores do Monte Estoril (AMME), foi ontem oficialmente apresentado à comunicação social e tornou público um abaixo-assinado dirigido à Câmara Municipal de Cascais, à Assembleia Municipal de Cascais e à Sociedade Estoril-Sol, solicitando à autarquia o arquivamento do “Plano de Pormenor para a Reestruturação Urbanística do Terreno do Hotel Miramar”, mandado elaborar por aquela sociedade, e entretanto já com o parecer positivo da Câmara Municipal de Cascais; o qual, a ser executado irá destruir definitivamente o Monte Estoril.

Este Movimento de contestação, do qual faz parte igualmente o Cidadania CSC, entre outros movimentos e associações, conta já com a adesão de muitos cidadãos preocupados com o que poderá efectivamente acontecer no coração do Monte Estoril, nomeadamente Marcelo Rebelo de Sousa (1º subscritor do abaixo-assinado), Raquel Henriques da Silva (2º), André Gonçalves Pereira (3º), Carlos Pimenta (4º), Eugénio Sequeira (5º), Daniel Proença de Carvalho (6º), Rita Ferro (7º), João Carlos Espada (8º), Isabel Magalhães (9º), Pedro Feist (10º), Filipe Soares Franco (11º), Alípio Dias (12º), Manuel Pinto Barbosa (13º) entre muitos outros.

Para cumprir cabalmente este seu desiderato, a AMME apela à participação de todos neste abaixo-assinado que será essencial para a recolha dos apoios necessários à revisão deste inquietante projecto: http://www.gopetition.com/petition/43663.html

Vítor Adrião e os Mistérios Portugueses da Rota de Santiago





No próximo dia 5 de Maio, pelas 18 horas, a Editora Dinalivro em parceria com a Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos irá realizar na Sede desta Entidade a apresentação pública do livro Santiago de Compostela (Mistérios da Rota Portuguesa), de Vitor Manuel Adrião. Será um momento raro em que se falará de Portugalidade Espiritual e Tradição Hermética entrecruzadas nos fascínios e nos mistérios do caminho português para Santiago de Compostela, “espinha dorsal” da Espiritualidade Portuguesa que contagiou a restante continental.

Os caminhos da peregrinação a Santiago de Compostela foram a base principal da evolução social europeia pela interrelação espiritual, cultural e política das multivariadas culturas que neles se encontravam e acordavam peregrinar para o fim comum: o abraço da devoção ao Apóstolo de Cristo sobre o seu túmulo na capital da Galiza, acalentada pelas estrelas da estrada de Santiago.

De todos o mais antigo é o caminho português, onde aconteceu a lenda dourada de São Tiago Maior e sob a sua pessoa foi fundada a Igreja cristã com primaz em Braga, donde irradiou para toda a Península Ibérica. Os factos históricos, os acontecimentos maravilhosos, as lendas e cantigas do peregrino, os símbolos da peregrinação, o seu significado espiritual, muito hermético para poucos, só religioso para muitos, ambas as coisas para alguns, os lugares do caminho, os seus ícones e monumentos, são alguns dos tópicos abordados neste livro a apresentar exclusivamente dedicado aos mistérios da aparição, expansão e celebração da rota santiaguista portuguesa.

Itinerário religioso e cultural o caminho de Santiago de Compostela, onde não é feita distinção de raças, credos e não credos, em 1987 foi reconhecido pelo Conselho da Europa como “o primeiro itinerário cultural europeu”, cuja fama de tolerância e aceitação universal já corria pela Europa e o mundo no século XIII.

sexta-feira

ALA - Academia de Letras e Artes Inaugura VII Exposição Colectiva de Pintura







António Lara, Bernardino Gonçalves Moreira, Cristina Paiva Raposo, Dário Vidal, Fernando de Sousa Brito, Filipa Alberti, Filipa Pinto Basto, Luís Athouguia, Marcello de Moraes, Maria Raquel Henriques, Nela Vicente, Rolendis Solá Albuquerque, Teresa Capucho e Conde de Guedes são os artistas que participaram na VII Exposição Colectiva da ALA – Academia de Letras e Artes ontem inaugurada no Monte Estoril.

A mostra, assente numa abordagem eclética mas sentida aos principais valores estéticos que dão forma à Portugalidade, representa uma abordagem alternativa às linhas mestras que da cultura Portuguesa da actualidade.

Aberta ao público todos os dias das 15h00 às 18h00, a exposição estará patente até final deste mês de Abril, na Avenida da Castelhana, nº 13, no Monte Estoril.





terça-feira

A Portugalidade e o Interesse da Nação





Assumindo que o interesse da Nação não se esgota na democracia, e que o momento histórico verdadeiramente alvitrante em que vivemos exige uma postura determinada e determinante de todos os Portugueses para pôr fim ao estado de profunda e gravíssima crise em que vive o País, o Presidente da ALA – Professor António de Sousa Lara – abriu o ano académico apelando a todos os responsáveis pela academia para ultrapassarem o estado de neutralidade artificial e desinteressante a que se têm devotado os principais agentes culturais nacionais.

Enquanto Presidente da ALA, apela ao combate pela Portugalidade, sabendo de antemão que é importantíssimo pugnar pelos valores, princípios e memórias que são a essência do nosso País. Lutar contra os liquidadores da Pátria, ou seja, aqueles que pelos interesses que defendem acabam por deixar os interesses de Portugal e dos Portugueses para segundo plano é, para Sousa Lara, uma obrigação imperativa que resulta desta situação inédita em que nos encontramos. É preciso, através de acções concretas e projectos assentes nesses valores, que os agentes culturais condenem essas malfeitorias que têm vindo paulatinamente a aniquilar Portugal.

A ditadura das maiorias que vão ganhando eleições em momentos determinados da existência do País não pode, de acordo com o Presidente da ALA, sobrepor-se aos interesses reais da Nação. Esses, perenes e solidamente estruturados em muitos séculos de História, devem ser intocáveis.

O desafio da academia, juntando todos aqueles que amam Portugal, é desenterrar a Portugalidade. É redescobri-la e torná-la moderna. É, com isso, recuperar a Pátria. Sousa Lara explica que quando a Pátria é espezinhada como agora acontece, a Nação acorda, reage e revolta-se. Como nos mostra a História, e independentemente das vicissitudes conjunturais e eleitoralísticas, depois destes períodos de sofrimento e dor, a Nação renasce das cinzas…

Porque é fundamental garantir um futuro para Portugal.

Vídeo com a versão integral do discurso do Professor Doutor António de Sousa Lara em: http://youtu.be/RfCAAG_NpUc

Nesta cerimónia de abertura solene do ano académico de 2011/2012, tomaram posse como novos académicos da ALA – Academia de Letras e Artes: Aida de Sousa Dias, Bernardino Gonçalves Moreira, Matilde de Sousa Franco, Rodrigo Faria de Castro, Fernando de Sá Monteiro, Hermínio da Cunha Marques, Manuel Van Hoff Ribeiro e Nuno Borrego.





domingo

Novos Académicos da ALA - Academia de Letras e Artes Tomam Posse





Foi com a casa cheia e uma plateia repleta de gente ligada às artes e às letras que a ALA empossou os seus novos académicos. Numa cerimónia onde o simbolismo assume especial relevância, fomentando a Identidade Nacional e promovendo os valores tradicionais da Portugalidade, tomaram posse, na classe de Artes, Aida de Sousa Dias, Bernardino Gonçalves Moreira, Rodrigo Faria de Castro; e na classe de Letras, Matilde de Sousa Franco, Fernando Manuel Moreira de Sá Monteiro, Hermínio da Cunha Marques, Manuel Van Hoof Ribeiro, Nuno Borrego, e João Carlos Ferreira do Couto Sevivas. Na oração de sapiência proferida pelo Presidente da ALA – António de Sousa Lara – foi o Estado da Nação, com a crise a todos os níveis que vivemos, que marcou a sessão. Apelando aos valores, princípios e à História de Portugal, Sousa Lara não hesitou ao pedir que os Portugueses tomem em mãos os destinos de Portugal.







quinta-feira

Alexandre Soares dos Santos e o Dia Seguinte de Portugal





Alexandre Soares dos Santos, Presidente do Grupo Jerónimo Martins, esteve ontem à noite na Sic Notícias para comentar o pedido de resgate financeiro de Portugal anunciado pelo Primeiro-Ministro José Sócrates.

Sem alarmismos nem comiserações, e não escamoteando a verdade aos Portugueses, o empresário apresentou um discurso pleno de lucidez através do qual traçou um retrato transparente do estado em que se encontra Portugal, definindo também o conjunto de responsabilidades que trouxe o nosso País até à situação miserável em que hoje se encontra.

Quando questionado sobre o futuro de Portugal, Alexandre Soares dos Santos não hesitou um instante. Apelou ao rigor, à honestidade e à exigência, e definiu um conjunto de medidas concretas que conduzirão Portugal a uma profunda readaptação dos seus problemas macro-económicos, fomentando a produção, as exportações e, por conseguinte, a capacidade de produção de riqueza. Sublinhou ainda, marcando a diferença relativamente aos discursos políticos que enchem os órgãos de comunicação social Portugueses, que é fundamental que exista reconhecimento, demonstrando que num clima de verdade, os Portugueses estarão serenamente dispostos a contribuir para a resolução da crise, sabendo de antemão que os seus esforços serão recompensados mais tarde e não acabarão por transformar-se em meros contributos para o enriquecimento das clientelas que actualmente controlam o estado.

Alexandre Soares dos Santos não fala enquanto candidato nem tão pouco enquanto académico embrenhado em pesadas teorias que poucos têm a capacidade de entender. Fá-lo na primeira pessoa, utilizando a obra feita como paradigma do seu trabalho e daquilo que deveriam ser as linhas de rumo do futuro de Portugal.

Ao nosso País, mais do que as querelas estratégicas e entediantes em que os principais partidos políticos se embrulham para se livrarem do peso das decisões que lhes pagamos para tomarem defendendo Portugal e os Portugueses, interessa agora optar por uma de duas soluções: chegar ao próximo acto eleitoral e escolher um deles (dizem até que terão de se juntar quase todos para o efeito) para governar Portugal ao longo dos próximos anos, sabendo de antemão que independentemente de quem seja o escolhido, as linhas de rumo serão decretadas pela Alemanha e, no fim da legislatura, teremos novamente as clientelas e os interesses partidários à frente dos destinos de Portugal; ou aproveitar a oportunidade (porque crise significa oportunidade) para reformular o sistema e criar condições para que homens com a experiência, a visão, o discernimento, a convicção, o empenho, a frontalidade e o rigor de Alexandre Soares dos Santos possam pegar neste País e o reconduzir num caminho que o devolva aos Portugueses.

Quem governa Portugal deve representar os Portugueses e deve estar consciente de que o faz servindo o País e não servindo-se dele.

O ano de 2011, com a crise e o resgate ao qual nos conduziram é uma oportunidade de ouro para assumir condignamente os destinos de Portugal.

Porque Portugal vale mesmo a pena. Mesmo que eles continuem a dizer que não.

quarta-feira

O Resgate de Portugal





Aconteceu finalmente.

José Sócrates, depois de pressionado pelos bancos e pelas instâncias Europeias, foi obrigado a reconhecer o estado de caos completo e ruína eminente em que se encontra a república.

É estranho, depois de muitos meses em que a generalidade dos Portugueses tentou apelar ao bom senso e ao juízo do governo, que só agora, por imposição forçada vinda de fora, ele se tenha resignado a aceitar o veredicto final.

E não se pense, como ele tentou fazer crer, que o motivo que o impedia de avançar para a solução inevitável, que a sua preocupação era com a qualidade de vida dos Portugueses, que vão ser agora rude e duramente afectados pelas condições associadas ao resgate, nem tão pouco pelas consequências que este acto terá na imagem externa de Portugal.

Numa altura em que era imperativo que se assumisse a situação e se procurassem soluções eficazes que resolvessem os problemas, José Sócrates, o governo, a presidência da república e a generalidade dos partidos com assento parlamentar, estiveram entretidos a pensar e repensar estrategicamente as suas decisões de forma a garantirem que seriam pouco chamuscados nas suas pretensões eleitorais pelo estado a que Portugal chegou. Enganaram assim, em conjunto, os Portugueses.

Depois, desenvolvendo um exercício vil de profundo desrespeito por este País quase milenar, esqueceram-se que é a terceira vez que Portugal solicita um resgate idêntico. Fundado em 1143, quando a Europa estava envolvida nas trevas da medievalidade e num caos sem igual, nasceu um Portugal que se identificava pela forma como foi capaz de se organizar no velho continente. Depois foi preciso esperar oitocentos e trinta e três anos (833!!!) para que o governo de Portugal pedisse ajuda externa pela primeira vez. Logo depois, em meados dos anos oitenta, novo pedido e novo caos financeiro. Agora, em 2011, o terceiro pedido. Ou seja, em pouco mais de 35 anos, desde o 25 de Abril, houve três pedidos de resgate em Portugal. Três. Um por década. Três vezes em que Portugal não foi capaz de honrar os seus compromissos como aconteceu durante os 833 anos precedentes.

Está visto que o problema não está em Portugal nem nos Portugueses. Não está na crise internacional e no dito caos em que nos explicam que se encontra a Europa. O grande problema está no regime dito democrático em que nos colocaram que, pela terceira vez em três décadas, provou e comprovou que não é adequado aos interesses, às características e às necessidades de Portugal.

José Sócrates, com a desfaçatez que só ele consegue ter, ainda ousou mencionar no discurso em que anunciou o descalabro que a culpa para esta situação é dos partidos da oposição!... Disse que lhe chumbaram o PEC IV há quinze dias e que, por isso, Portugal soçobrou!... Como é possível dizer isto num canal público depois de seis anos à frente do governo! Dizer isto depois de um governo que teve maioria absoluta durante tantos anos! Dizer isto sem assumir a culpa pelas decisões escabrosas; pela incompetência total destes últimos seis anos; pelos esquemas e estórias mal explicadas em que envolveu o nosso País! Dizer isto, sem perceber que o problema é seu, e também dos restantes partidos que tomaram conta do País desde há 35 anos...

Agora é tempo de dificuldades. Mas também é tempo de transparência, rigor, frontalidade e honestidade. Portugal já não está habituado a isto, mas terá agora uma oportunidade única para se reformar e para reencontrar um caminho que lhe permita recuperar a dignidade dos primeiros 833 anos.

Porque Portugal vale a pena. Mesmo que eles digam que não.